Fomento ao turismo, apoio à gestão e geração de conhecimento: como o Instituto Semeia trabalha por parques melhores?
Acreditamos que a visitação, a conservação e a geração de impactos socioeconômicos sustentáveis devem ser ações integradas.
25/06/2024
O Semeia foi fundado a partir de nossa convicção sobre o ciclo virtuoso dos parques: quando bem conservados e com estrutura adequada para receber as pessoas, podem atrair mais visitantes e fortalecer o turismo, ampliando o impacto econômico e gerando incentivo para as pessoas defenderem o ambiente natural.
Em outras palavras, acreditamos que a visitação, a conservação e a geração de impactos socioeconômicos sustentáveis devem ser ações integradas.
Sabemos que a compreensão sobre essa agenda não é uma tarefa simples. Por esse motivo, vamos demonstrar como este ciclo se conecta na prática com as nossas três frentes de atuação: (i) Aprimoramento da gestão dos parques; (ii) Incentivo à visitação e fomento ao turismo; e (iii) Produção de conhecimento. Confira!
Aprimoramento da gestão dos parques
Esta frente de atuação nasce a partir da interação entre as primeiras etapas do ciclo virtuoso: parques melhores, bem geridos e conservados podem atrair visitantes. Então, como trabalhamos para aprimorar essa gestão?
Ao longo de mais de uma década, auxiliamos governos de todas as esferas a pensarem em modelos de parceria (com ou sem fins lucrativos) que sejam responsáveis com o meio ambiente, para a sociedade e para o próprio parque.
De lá para cá, observamos o avanço, principalmente, do modelo de concessões, no qual o poder público assina um acordo com um parceiro privado por determinado prazo para que ele opere atividades dentro do parque e forneça serviços para as pessoas que irão visitá-los. A cada ano, observamos saltos no número de visitantes – e a melhoria da gestão a partir do trabalho conjunto entre poder público e parceiros é um fator importante neste avanço.
Em 2023, a visitação anual em parques nacionais atingiu o recorde de 11,8 milhões de pessoas, cerca de 15% a mais do que em 2022 – um número ainda distante do potencial de 56 milhões que podemos atingir, mas é um avanço importante.
O nosso apoio aos governos acontece tanto no momento da estruturação dos projetos como no momento da gestão contratual. Esta é a etapa na qual o parceiro privado realiza as obrigações previstas em contrato, como reformas ou construção de novos equipamentos, além de operar os serviços de visitação a ele atribuídos, cabendo ao poder público a fiscalização das atividades.
Atualmente, existem mais de 30 contratos ativos de concessão dos serviços de visitação em parques no Brasil, que poderão representar cerca de R$ 1,5 bilhão em investimentos para os parques até 2051.
Incentivo à visitação e fomento ao turismo
Para que a oferta de parques melhores atraia cada vez mais pessoas, também é preciso estimular o interesse pela visitaçãoe pelo turismo de natureza.
Em nosso site e redes sociais, promovemos conteúdos sobre os parques do país visando despertar o interesse da sociedade em conhecê-los. Também atuamos em parceria com diversas organizações do terceiro setor para amplificar o número de pessoas impactadas por nossas mensagens.
Em 2023, foram mais de 300 mil pessoas alcançadas por conteúdos disponibilizados em nosso site ou divulgados conjuntamente com parceiros. A campanha Um Dia No Parque é um dos destaques da nossa atuação em conjunto com outras instituições. Em 2023, cerca de 120 mil pessoas participaram de atividades em mais de 400 UCs espalhadas pelo país.
Você se lembra que a boa gestão e conservação dos parques é o pontapé inicial do ciclo virtuoso? A etapa da visitação também colabora com o ciclo, afinal quando a incentivamos, fortalecemos o turismo ecológico, uma vertente das atividades turísticas que ajuda a despertar a consciência ambiental nas pessoas.
Para a roda se completar, não podemos esquecer da etapa final: a geração de renda. O impacto socioeconômico está presente desde o início, com diferentes modelos de gestão de parques atraindo investimentos para as unidades, mas não para por aí. O turismo em parques ajuda a movimentar segmentos como hotelaria, restaurantes, transportes e muitos outros, gerando emprego e renda para as comunidades locais.
Com mais benefícios gerados e pessoas impactadas diretamente, também se amplia a rede de pessoas que se interessam e defendem os parques. Como mencionamos no início deste texto, visitação, conservação e geração de impactos socioeconômicos estão conectadas.
Produção de conhecimento
A nossa terceira frente de atuação, na verdade, é a base para fazer a engrenagem do Semeia girar. Precisamos construir, sintetizar, divulgar e monitorar o resultado do conhecimento que produzimos. Assim, nossas ações podem servir de ponto de partida para a formulação de políticas públicas que beneficiem as comunidades e ajudem a aprimorar a gestão dos parques.
Em 2023, foram 5 publicações lançadas, entre pesquisas e materiais técnicos sobre parcerias em parques, e mais 9 mil downloads de materiais em nosso site. Além disso, mais de 4 mil profissionais foram alcançados com conhecimento técnico por meio de capacitações presenciais ou on-line.
Acreditamos que o trabalho integrado pode auxiliar a construção de um conhecimento coletivo que possa embasar e dar segurança a gestores públicos, atores do setor privado e da sociedade civil para tudo que está relacionado à valorização dos parques e unidades de conservação.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre como o Instituto Semeia atua, convidamos você a ler o nosso Relatório Anual de 2023 na íntegra para compreender ainda mais como trabalhamos para ampliar o impacto dos parques brasileiros.