Conheça o Parque Nacional do Iguaçu

O segundo parque mais visitado do país tem quatro polos de visitação e oferece uma conexão intensa com a Mata Atlântica

09/09/2025

Foto: Vitor Marigo

De acordo com o Visitômetro dos Parques do Brasil, o Parque Nacional do Iguaçu é o segundo que mais recebe público em todo o país. Foram mais de 1,8 milhões de visitantes em 2023, quase todas as pessoas com o mesmo objetivo: conhecer as magníficas Cataratas do Iguaçu, considerada uma das sete maravilhas naturais do mundo

A alta procura é totalmente justificável. As Cataratas, afinal, são um espetáculo que impressiona qualquer pessoa. Com 275 quedas d’água em uma área preservada da Mata Atlântica, elas têm o Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939, como morada – em uma região do Oeste paranaense que faz divisa com a Argentina. Conheça mais sobre a grandiosidade do que é considerada a maior queda d’água do planeta Terra

Como explicamos no primeiro parágrafo, o Parque Nacional do Iguaçu foi apontado como o segundo mais visitado do país pelo Visitômetro dos Parques do Brasil, lançado em 2025 pelo Instituto Semeia. A imensa maioria dos visitantes, porém, conhece apenas uma pequena parte de toda a magnitude de uma das unidades de conservação mais conhecidas do Brasil. 

“É claro que as Cataratas são maravilhosas e as pessoas devem vir conhecer. Mas são quatro polos de visitação no Parque, que nem todo mundo sabe da existência. Temos um plano de uso público com foco no ecoturismo, diversificado e com experiências incríveis em todos estes polos. Muita gente vem para o parque e só fica em Foz do Iguaçu, mas ao todo são 14 municípios dentro da área da unidade”, explica Ulisses dos Santos, gestor do Parque Nacional do Iguaçu. 

Para exemplificar o que ele diz, podemos utilizar o número de visitação dos balneários do Polo Ilhas do Iguaçu. São cerca de 30 mil ao ano, de acordo com Ulisses – o que significa menos de 2% do total de 1,8 milhões de visitas computadas no Visitômetro. 

Estes dados podem ser traduzidos em uma frase: o Parque Nacional do Iguaçu tem muito mais a oferecer para a população do que pode parecer à primeira vista. Para além de contar com um dos atrativos naturais mais espetaculares do mundo, a unidade de conservação oferece uma conexão ainda mais profunda com o meio ambiente. 

É o que queremos mostrar nos parágrafos a seguir.

Parque Nacional do Iguaçu: conhecendo os quatro polos de visitação

É claro que a visita às Cataratas é obrigatória para qualquer pessoa que for ao Parque do Iguaçu. A quantidade de experiências disponíveis a visitantes, porém, é generosa: trilhas a pé, cicloturismo, caiaque, observação de vida selvagem, turismo de base comunitária e banhos de rio e cachoeira são apenas algumas das atividades possíveis de serem realizadas por ali. 

“Para quem procura esse contato com o meio ambiente, o Parque tem muita riqueza. São muitos projetos e atividades que têm uma relação real com o verdadeiro turismo de natureza”, explica Ulisses. 

“De acordo com o plano de uso público, nossos objetivos como unidade de conservação passam por contribuir para o desenvolvimento regional e trazer mais aliados para a conservação como um todo. A qualidade ambiental, aliás, é um direito de qualquer pessoa, não pode ser considerado um luxo”, complementa ele, que há 18 anos trabalha com gestão ambiental.   

Conheça agora os quatro polos de visitação do Parque Nacional do Iguaçu. 

Foto: iStock
  • Polo Cataratas

O mais conhecido e onde estão os principais atrativos da unidade: as Cataratas, a vista para a Garganta do Diabo e as trilhas mais conhecidas de todo o Parque estão neste polo, na cidade de Foz do Iguaçu. 

São dezenas de atividades de conexão direta com a natureza, desde trilhas a pé, passando por passeios de barco, inclusive, voos de helicóptero com visuais deslumbrantes. 

Um dos grandes destaques atualmente são as trilhas bimodais, que podem ser feitas tanto a pé quanto de bicicleta. Destaque para a Trilha do Poço Preto, com 18km do total, que tem ganhado a preferência de adeptos do pedal. 

É a parte que conta com a parceria público privada, com concessões que ofertam experiências e apoiam a gestão como um todo.  Para planejar a visita, o site tem informações completas. 

Foto: Reprodução/ICMBio
  • Polo Ilhas do Iguaçu 

Localizado na cidade de Capanema, mais próximo à fronteira com a Argentina, é um ponto com foco em atividades aquáticas. São diversos balneários e trilhas que levam a cachoeiras e saltos, além da oferta de passeios de caiaques e barcos. 

Com visual belíssimo, tem como grande destaque a Trilha do Saltão, com cerca de 5,8km e que finaliza em um banho de cachoeira que promete ser inesquecível. 

Foto: Reprodução/ICMBio
  • Polo Rio Azul 

Um espaço muito utilizado pela população local, é uma parte do Parque Nacional do Iguaçu com diversas ofertas de trilhas em meio à natureza. São pelo menos três trilhas para observação de fauna e flora – e que ainda contam com banhos de cachoeira. 

O acesso se dá pelo município de Céu Azul, pela BR-277, onde existe uma Base do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 

Foto: Reprodução/ICMBio
  • Polo Silva Jardim 

Inaugurada em 2024, a Trilha Quilombo Apepu é um dos grandes destaques deste polo. Ela é, inclusive, parte da Trilha de Longo Curso Caminhos do Peabiru, da Rede Nacional de Trilhas. 

Com quase 7km de extensão (ida e volta), ela pode ser percorrida a pé ou de bicicleta em um ambiente de total conexão com a biodiversidade do Parque. O percurso margeia o rio Iguaçu e o rio Apepu, e fica na região quilombola do Apepu, na cidade de São Miguel do Iguaçu.

O Polo ainda conta com a Trilha da Onça Parda e o Circuito do Polonês, outras duas atividades que podem ser realizadas caminhando ou pedalando. 

Parque Nacional do Iguaçu e as pesquisas científicas 

“O Parque Nacional do Iguaçu, e as unidades de conservação como um todo, vão muito além do uso público. Aqui, temos patamares altíssimos em termos de engajamento com a comunidade, pesquisa e educação ambiental. Com a visitação, inclusive, podemos pensar de forma realista onde queremos chegar, discutindo projetos que tenham impacto positivo na conservação e proteção dos nossos recursos naturais”. 

As frases de Ulisses dos Santos, o gestor do Parque do Iguaçu, refletem a realidade do que acontece no local. Afinal de contas, é preciso que a natureza esteja viva e conservada – no caso do Iguaçu, o bioma Mata Atlântica. A visitação é parte do que chamamos de ciclo virtuoso, que inclui também a conservação e a geração de renda para a comunidade local.  

Neste sentido, o Parque Nacional do Iguaçu continua pulsando muito vivamente. Segundo Ulisses, a unidade conta atualmente com mais de 120 pesquisadores ativos. Um destes projetos é o Onças do Iguaçu, que faz um trabalho fundamental de conservação da onça-pintada no ecossistema do Parque – e que recentemente comemorou o nascimento de um filhote dentro da unidade. 

Recentemente, a região do Parque Nacional do Iguaçu passou a fazer parte da lista de sítios PELD (Pesquisa Ecológica de Longa Duração), do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) – o que comprova a importância da unidade para a comunidade científica. 

ESFERA ADMINISTRATIVA

Nacional

DATA DE CRIAÇÃO:

10 de janeiro de 1939

ESTADO:

Paraná

MUNICÍPIOS:

Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia, Ramilândia. Céu Azul, Vera Cruz do Oeste, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques e Capanema.

BIOMA:

Mata Atlântica

ÁREA TOTAL:

185.000 hectares

INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES:

O Parque Nacional do Iguaçu abre das 9h às 16h em dias de semana e das 8h30 às 16h aos sábados e domingos.  

Para mais informações e planejar sua visita ao polo Cataratas, acesse o site das Cataratas do Iguaçu. Para os demais polos, acesse pelo perfil no Instagram do Parque Nacional do Iguaçu.

Para além de contar com um dos atrativos naturais mais espetaculares do mundo, a unidade de conservação oferece uma conexão ainda mais profunda com o meio ambiente.

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