Conheça quatro parques brasileiros para praticar mergulho

Áreas oferecem opções para todos os tipos de visitantes que desejam mergulhar, do profissional ao amador

18/04/2022

Foto: Mergulho na Praia de Porto de Galinhas (PE) / Ventura CC-BY-2.0

Alguns parques brasileiros oferecem a prática de mergulho para seus visitantes. Amador ou profissional, o turista interessado em observar a biodiversidade aquática encontra nessas unidades de conservação paisagens ricas e exuberantes para contemplar.

O tema, inclusive, já foi pauta de uma edição do SemeiaLive, que abordou, entre vários assuntos, o crescimento na busca por atividades ligadas ao mar, em especial o mergulho. À época, os convidados discutiram como realizá-lo de forma responsável e segura, a importância das parcerias em parques para promoção dessa prática, além  do aumento na demanda de visitação com esta finalidade. 

Confira: SemeiaLive | Mergulho: oportunidades para o uso público em parques

Se você já mergulha ou deseja começar a mergulhar, conheça a seguir quatro parques brasileiros que oferecem essa atividade e comece a planejar a sua viagem agora:

1 – Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE)

Foto: Juju na Trip / CCBY-SA 4.0

Destino dos sonhos de muitos brasileiros por suas paisagens exuberantes, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha  é muito procurado por turistas que buscam o “batismo”, como é chamado o mergulho realizado sem a necessidade de curso prévio (porém sempre acompanhado por instrutores).

Ao todo, três operadoras de mergulho oferecem o serviço, que pode ser praticado em profundidades de 12 a 60 metros. Na Baía do Sueste, que abriga o único mangue de ilhas oceânicas do Atlântico Sul, o mergulho é livre e guiado por meio de uma trilha submarina que proporciona o avistamento de polvos, arraias, lagostas e milhares de peixes coloridos, além de tartarugas marinhas e tubarões que fazem da região um ambiente para alimentação e descanso.

 Outro local onde é permitido o mergulho livre é na Baía dos Porcos, que oferece melhores condições no período sem ondas. Caracterizada por uma pequena faixa de areia rodeada por formações rochosas, a área favorece a concentração de cardumes e permite também a flutuação. 

Já o mergulho da Corveta – uma embarcação de 56 metros de extensão, naufragada em 3 de outubro de 1983 – é o mais profundo e também o mais desafiador. É indicado para mergulhadores experientes e, por isso, não é recomendado para o “batismo”.

A melhor época do ano para mergulhar nas águas de Fernando de Noronha é entre setembro e outubro. 

2 – Parque Nacional Marinho de Abrolhos (BA)

Foto: Licença Enrico Marcovaldi

Considerado o primeiro parque nacional marinho criado no Brasil, (1983) comporta o maior complexo de recifes e a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. É, também, o principal berçário de baleias-jubarte do litoral brasileiro.

O grande atrativo do Parque Nacional Marinho de Abrolhos são os naufrágios abertos à visitação, com destaque para três deles: o navio cargueiro inglês “Guadiana”, em 1885, com 110 metros de comprimento e visível a partir de 9 metros de profundidade; o alemão “Santa Catharina”, em 1914, com 106,7 metros de extensão e alcançável a partir dos 26 metros; e o italiano “Rosalina”, em 1955, com 102,2 metros de longitude e perceptível desde a superfície. 

Além disso, o parque também possui cavernas submersas e é o lar dos chapeirões, formações recifais em formato de cogumelo que só existem em Abrolhos e podem  chegar a 20 metros de altura e 50 metros de diâmetro. 

Os principais são os chapeirões da Sueste, Jean Pierre e Mau-Mau, sendo este último o ponto de partida de uma trilha subaquática de 140 metros de extensão. O percurso é composto por um sistema de cabeamento de 14 pinos interligados em pontos de interesse, ao longo de outros 16 chapeirões e formações recifais de diferentes formas e tamanhos. Por ali também é permitido omergulho noturno.

Em Abrolhos, o melhor período para mergulho é entre dezembro e abril – quando as águas são mais quentes e translúcidas.

3 – Parque Estadual do Jalapão (TO)

Foto: Monique Renne

Um oásis quase intocado e cenário de novela, o Parque Estadual do Jalapão recompensa à altura os visitantes que aceitam o desafio de encarar horas de estrada de terra no coração do cerrado.

Resultado da erosão das montanhas próximas, as dunas de areia dourada são a marca registrada da região, que possui também diversas cachoeiras e fervedouros – as famosas nascentes de rios subterrâneos que formam piscinas naturais cristalinas cercadas por vegetação, nas quais é impossível afundar devido à pressão da água.

Atualmente, várias empresas de turismo prestam serviços no parque, embora nem todas ofereçam mergulho com cilindro e snorkel. Com 15 metros de diâmetro e um impressionante tom de azul turquesa, o fervedouro de Bela Vista é o mais indicado e procurado para a modalidade. Os outros fervedouros conhecidos são Ceiça, Rio Sono, Buritis, Buritizinho e Alecrim.

A Prainha do Rio Novo, localizada nas proximidades da Cachoeira da Velha – a maior queda d’água da região, com 100 metros de largura e 15 metros de altura – é outra opção para mergulho, assim como a Cachoeira da Formiga, que embora possua apenas dois metros de altura, é considerada uma das mais bonitas do parque, por suas águas transparentes, areia branca e fauna aquática.

4 – Parque Estadual da Ilha Grande (RJ)

Foto: Licença Alexandre Faria / Aquamarina Mergulho

Um dos principais destinos turísticos para mergulhadores amadores e profissionais, o Parque Estadual da Ilha Grande oferece uma grande variedade de atrações tanto no mar quanto em terra firme, com atrativos naturais, passeios e atividades esportivas e de lazer.

A região apresenta uma das maiores concentrações de naufrágio no mundo, uma vez que, do século XVI ao XIX, foi palco de batalhas entre piratas (ingleses, holandeses, franceses e argentinos), corsários e o Império. Nos dias atuais, essas embarcações afundadas são um atrativo aos visitantes.

Os principais naufrágios que oferecem prática de mergulho são: o navio panamenho “Pinguino”, em 1967, com 50 metros de comprimento e encontrado a partir de 7 metros de profundidade, considerado uma das embarcações naufragadas mais visitadas do país; o navio brasileiro “Rio de Janeiro”, em 1853, com 43 metros de extensão e localizado a 8 metros da superfície; e um helicóptero de origem brasileira com 10,9 metros de comprimento, 2,5 metros de altura e a 9 metros de profundidade, bastante deteriorado.

O parque ainda reserva uma grande diversidade de animais marinhos, como tartarugas, polvos, estrelas do mar e cardumes. A melhor época do ano para mergulhar na ilha é de abril a junho.

Gostaria de saber mais informações sobre a prática de mergulho? Confira no SemeiaLive | Mergulho: oportunidades para o uso público em parques

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