Por que os parques urbanos são tão importantes para a vida nas grandes cidades?

Além de sua função ecológica, esses espaços contribuem diretamente para a saúde e a qualidade de vida da população. Saiba mais!

07/06/2021

Foto: Parque Aclimação (SP) / Mauro Halpern CC BY 2.0.

A rotina de quem vive nos grandes centros urbanos brasileiros costuma ser intensa, com muitas horas no trânsito, longas jornadas de trabalho, pouco verde e excesso de concreto. Um refúgio possível de tranquilidade em meio à agitação das metrópoles são os parques, espaços que resgatam o elo – por vezes esquecido – entre indivíduo e natureza.

Atualmente, são poucas as cidades brasileiras que contam com uma boa distribuição de áreas verdes capazes de atender satisfatoriamente as necessidades da população. Por outro lado, estudos apontam para o crescimento do interesse e da compreensão das pessoas sobre a relevância dos parques urbanos para a promoção do lazer, do bem-estar e do contato com a natureza.

Mais do que um assunto restrito à área ambiental, os parques urbanos devem ser considerados tema fundamental para se pensar a saúde pública e a qualidade de vida da população residente nos centros urbanos. Estudos científicos mundiais já revelam: quanto mais áreas verdes existirem em nossas cidades, mais protegida estará a nossa saúde.

Pensando nisso, conheça a seguir três aspectos que reforçam a importância dos parques urbanos para a vida nas grandes cidades:

Os parques urbanos promovem a qualidade de vida da população

Um estudo publicado na revista Nature no ano passado comprovou que passar pelo menos duas horas semanais entre áreas verdes, como os parques urbanos, ajuda a aliviar o estresse e a tranquilizar a mente.

Ainda segundo o estudo, essas pequenas doses de natureza podem contribuir para regular o nosso “relógio biológico” (o ritmo circadiano), melhorando a qualidade do sono e aumentando a sensação de energia durante o dia. Vale lembrar que os parques oferecem à população um espaço público privilegiado para a prática de atividades físicas ao ar livre, favorecendo um estilo de vida mais ativo e menos sedentário, além de propiciar momentos de lazer sem nenhum ou com baixíssimo custo entre a família e os amigos.

Ou seja: parques urbanos são verdadeiros vetores de qualidade de vida para as cidades.

Os parques urbanos ajudam a combater a poluição e a regular a temperatura

Segundo a OMS, a poluição atmosférica afeta o clima e reduz a expectativa de vida das pessoas, elevando os riscos de infartos, doenças respiratórias e até mesmo de câncer de pulmão. No Brasil, o número de mortes classificadas como decorrentes da poluição do ar aumentou 14% nos últimos dez anos e a maior incidência desses casos acontece nos grandes centros urbanos.

Nesse sentido, os parques urbanos atuam como verdadeiros “pulmões” para a cidade, na medida em que as árvores e toda a vegetação ajudam a reter as partículas finas de poluição que ficam suspensas no ar e ainda absorvem os gases poluentes que costumam elevar a temperatura local.

Aliás, essa função purificadora incide sobre as chamadas ilhas de calor, fenômeno caracterizado pela elevação das temperaturas em pontos localizados da metrópole devido ao aumento da poluição e à grande concentração de edifícios em espaços totalmente asfaltados. Nesses casos, as áreas verdes protegem as pessoas da radiação solar direta com a sombra das árvores, o que, associado à evapotranspiração, minimiza o calor e refresca o ambiente.

Os parques urbanos conservam a biodiversidade em meio à vida nas cidades

Com a crescente urbanização dos territórios brasileiros, esses espaços desempenham o papel de proteger e conservar os ecossistemas naturais em meio à malha urbana. A biodiversidade existente nos parques urbanos costuma apresentar fragmentos de florestas remanescentes, agregando um banco genético de espécies exóticas, endêmicas e até ameaçadas de extinção.

Esses espaços ainda exercem uma função pedagógica e de conscientização da população, ao serem os cenários ideais da cidade para ações voltadas à educação ambiental.

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