Conheça o Parque Nacional da Serra da Bocaina

Rio de Janeiro e São Paulo compartilham este tesouro natural brasileiro, que é um dos cenários mais icônicos da Mata Atlântica

13/11/2025

Reprodução/ICMBio

Pode-se dizer que o Parque Nacional da Serra da Bocaina é um local que transita muito bem entre o melhor de dois mundos. Afinal, são diversos os exemplos que provam a diversidade desta unidade de conservação: está localizado parte em São Paulo e parte no Rio de Janeiro e oferece, ao mesmo tempo, belezas naturais de sol e mar e experiências de alta montanha.

O destino singular, com paisagens deslumbrantes tanto de litorais quanto de alta montanha, é referendado por turistas do Brasil inteiro. Os dados de visitação do Visitômetro dos Parques do Brasil apontou o Parque Nacional da Serra da Bocaina como o quarto mais frequentado do país, com mais de 700 mil visitantes em 2023. 

Os dados mostram o interesse das pessoas por frequentarem o ambiente natural, o que o Instituto Semeia acredita ser um ponto central para a conservação. No caso específico deste Parque, porém, a análise é importante. Grande parte da visitação está concentrada na chamada parte baixa do Parque Nacional – ou seja, na praia, mais especificamente na região de Trindade. E provavelmente grande parte destas pessoas não têm a exata noção de estarem dentro de uma unidade de conservação. 

O ordenamento e manejo da visitação é, inclusive, uma preocupação da gestão do parque. 

“O Parque Nacional da Serra da Bocaina é um jovem senhor, prestes a completar 55 anos, cheio de serviços prestados para a conservação da nossa biodiversidade e para o desenvolvimento do país. Mas ainda temos muitos desafios estruturantes para evoluir e fortalecer a unidade como vetor de desenvolvimento regional e de visitação”, explica Anderson Nascimento, gestor do Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Paraty, que também inclui a ESEC Tamoios e a APA Cairuçu. 

“Temos diversos projetos importantes sendo elaborados com o objetivo de dotar a unidade de um conjunto de estruturas de manejo, ordenamento e monitoramento da visitação. Na Trindade, por exemplo, temos um projeto muito bem encaminhado construído junto com a comunidade”, complementa. 

A Trilha do Ouro é um dos principais trekkings do Brasil e está localizada no Parque Nacional da Serra da Bocaina | Foto: Reprodução/ICMBio

Sol e mar ou montanha? O Parque Nacional da Serra da Bocaina tem as duas opções

Com tamanha diversidade dentro do mesmo ambiente, o Parque Nacional da Serra da Bocaina é uma unidade de conservação repleta de atividades. A variação de altitude, por si só, já apresentaria essa pluralidade de fauna, flora e ambientes naturais. Do pico Tira Chapéu, com mais de 2.000m de altura, até o mar de Paraty, o parque reserva uma infinidade de montanhas, cachoeiras, rios, mirantes e a vasta riqueza natural da Mata Atlântica. 

A parte cultural também integra esse verdadeiro mosaico de atrações. Afinal, a Trilha do Ouro, a partir de São José do Barreiro, remonta à história do Brasil. Os caminhos, utilizados pelos povos indígenas Guaianás desde antes da chegada dos portugueses, começaram a ser usados na corrida do ouro há mais de 400 anos.

“O Parque da Bocaina oferta um turismo desde sol e mar, com praias paradisíacas, integrado à perspectiva cultural do território, até locais em que a Bocaina se descortina como parque histórico e cultural, dotado de um conjunto enorme de caminhos e trilhas formando essa serra”, aponta Anderson. 

A ideia da gestão do Parque Nacional da Serra da Bocaina é trabalhar no ordenamento do turismo. O que significa integrar de maneira mais igualitária a visitação entre os três pontos principais do Parque: a Pedra da Macela, Trindade e o Portal Garrafas (São José do Barreiro).  

“Temos projetos de estruturação em Trindade, em São José do Barreiro, com construção de pórticos e outras estruturas, e também na Pedra da Macela, com mirantes e outros apoios à visitação. Estamos buscando parcerias para conseguir recursos e alcançar o resultado de desenvolvimento aliado à conservação que desejamos, compartilhando o máximo de benefícios com a sociedade, especialmente as do entorno da unidade”, complementa Anderson.

Conheça os principais atrativos da Unidade:

Parque Nacional da Serra da Bocaina: atrativos e atividades 

Com um ambiente natural riquíssimo, o Parque Nacional da Serra da Bocaina é privilegiado quando o assunto é diversidade. O que também permite uma variedade no perfil de visitantes, uma vez que o local reúne atrações para viajantes que buscam roteiros histórico-culturais, lazer, trilhas ou mesmo contemplação na natureza – tudo em uma mesma unidade de conservação. 

Os pontos de visitação dentro do Parque se dividem basicamente em três setores, com uma abundância de visuais deslumbrantes e de uma natureza vibrante. E, pode-se dizer, para praticamente todo perfil de visitante. Confira cada um deles. 

São José do Barreiro (Portal Garrafas), para quem busca cachoeiras e história – é a chamada parte alta do Parque da Bocaina, com trilhas históricas e cachoeiras perfeitas para banho. O grande destaque é a Trilha do Ouro ou Caminho de Mambucaba, que faz parte da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, com 56km que normalmente são feitos em três dias de caminhada. O caminho conta com pousadas e campings para hospedagem, mas atenção: para a trilha é necessário pedir autorização para o ICMBio pelo e-mail [email protected]

Este núcleo conta ainda com outros atrativos, incluindo um dos mais acessíveis da parte alta: o Poção das Garrafas. Ele fica bem próximo à entrada principal em São José do Barreiro e, para chegar até ele, basta fazer uma trilha plana de apenas 300m. O núcleo ainda conta com diversas outras cachoeiras, além do ponto mais alto do Parque Nacional da Serra da Bocaina: o pico Tira Chapéu, um dos 10 mais altos do estado de São Paulo. 

Pedra da Macela, para quem busca mirantes e trilhas – localizada na Serra do Mar, na divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo, o núcleo da Pedra da Macela fica na estrada Paraty-Cunha. O principal destaque, como você pode imaginar, é a Pedra da Macela e um mirante de cair o queixo: um 360° de frente para a imponência da Serra da Mantiqueira, da Serra da Bocaina e da baía de Ilha Grande e de Paraty. Para chegar até ela, é preciso encarar uma trilha de cerca de 2,5km até o topo a cerca de 1.840m. 

 Diversas trilhas fazem parte do núcleo, com mirantes como a Janela do Mar e as cachoeiras das Bromélias e da Samambaia. 

Trindade, para quem busca praias de água cristalina – parte integrante do Parque Nacional da Serra da Bocaina, é onde grande parte da visitação acontece. Tem duas das mais belas praias da região: a praia do Meio e a do Caixad’aço. Outro destaque são as piscinas naturais, cercadas de pedras e águas rasas e transparentes. O acesso se dá pela vila de Trindade. 

Toda essa região tem forte presença da cultura caiçara, o que oferece a visitantes um combo incluindo natureza e expressões da cultura local.

ESFERA ADMINISTRATIVA

Federal

DATA DE CRIAÇÃO:

4 de fevereiro de 1971

ESTADO:

Rio de Janeiro e São Paulo

MUNICÍPIOS:

Areias, Cunha, São José do Barreiro e Ubatuba (SP) e Angra dos Reis e Paraty (RJ).

BIOMA:

Mata Atlântica

ÁREA TOTAL:

104.000 hectares

INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES:

Como conta com três pontos principais de entrada, o Parque Nacional da Serra da Bocaina tem também três formas de entrada, em três cidades diferentes (Cunha, Paraty (Trindade) e São José do Barreiro. 

Informações sobre a entrada em cada núcleo: as praias de Trindade estão sempre abertas, 24h por dia, sete dias por semana. Já a visitação na Pedra da Macela tem visitação permitida 24h de quinta a domingo, com acesso permitido a partir das 4h de quinta até 19h de domingo; de segunda a quarta a visitação ao mirante é restrita entre 4h e 19h. Para o núcleo São José do Barreiro, a entrada é permitida entre 7h e 16h diariamente. 

Informações sobre a chegada a cada núcleo do Parque Nacional da Serra da Bocaina

Clique aqui para saber como chegar a Trindade.

Clique aqui para saber como chegar à portaria do parque em São José do Barreiro.  

Clique aqui para saber como chegar à Pedra da Macela

Do pico Tira Chapéu, com mais de 2.000m de altura, até o mar de Paraty, o parque reserva uma infinidade de montanhas, cachoeiras, rios, mirantes e a vasta riqueza natural da Mata Atlântica.

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