Conheça o Parque Nacional da Chapada Diamantina

Parque mais conhecido do país de acordo com pesquisa Parques do Brasil – Percepções da População, saiba o que faz dele um local tão especial

24/05/2024

Foto: Calil Neto

Incrível. Maravilhoso. Indescritível. É quase sempre assim: se você já visitou, ou conhece alguém que foi ao Parque Nacional da Chapada Diamantina, sabe que estes são alguns dos adjetivos mais comuns quando histórias a respeito da visita são contadas.

Com uma área superior a 150 mil hectares no sertão da Bahia, ela é uma Unidade de Conservação (UC) que tem um verdadeiro universo dentro de si. Mais do que visuais impressionantes, ele conta com influências bem demarcadas de três biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (isso sem falar no “pequeno Pantanal”, como contaremos neste texto).

Não é por acaso que na pesquisa Parques do Brasil 2024 – Percepções da População, recém-lançada  pelo Instituto Semeia, o Parque Nacional da Chapada Diamantina foi o mais lembrado pela população brasileira. (Saiba quais foram os 5 parques no topo da pesquisa.)  

A abundância de natureza faz a sua parte para tornar o local tão marcante. São dezenas de mirantes, campos rupestres, cachoeiras de águas cristalinas, cânions, cavernas e uma variedade quase inigualável de flora, com transições únicas entre os biomas. Por exemplo: a região da Chapada Diamantina tem cerca de 440 espécies de plantas endêmicas (que só existem lá); dessas, aproximadamente 100 existem apenas dentro da área do Parque Nacional.

É um verdadeiro mosaico ecológico, com um ecossistema complexo e que proporciona experiências sensoriais marcantes para quem visita. 

“É claro que o trabalho feito pelo ICMBio e por outras entidades é bem-feito. Mas com certeza o fato de o parque ser o mais conhecido tem muito mérito da região. É um lugar que tem um pouco de tudo, que as pessoas encontram quase tudo o que querem, com uma sensação de imensidão muito grande”, comenta Cezar Gonçalves, gestor efetivo do Parque Nacional da Chapada Diamantina desde janeiro, mas que trabalha na UC há 21 anos.

Na Chapada Diamantina, tudo é parque nacional?

Podemos responder a esta pergunta de forma direta: não, nem tudo na Chapada Diamantina é Parque Nacional. O Território Chapada Diamantina, como é chamado pelo governo da Bahia, tem mais de 32 mil km², desses 1.520km² compõem o parque.

Aqui, é importante um lembrete: o objetivo principal dos parques naturais no Brasil é a conservação do meio ambiente. Neste aspecto, a visitação e o uso público têm um papel bastante importante, já que auxiliam na conservação socioambiental.

“A Chapada Diamantina é belíssima, com uma natureza privilegiada em vários aspectos. Existem lugares impressionantes dentro e fora do Parque, o que é ótimo e valoriza o potencial de toda a região”, explica Cezar.

Existem diversos atrativos dentro e fora da área do Parque Nacional, e não temos espaço para citar todos aqui neste texto. Um bom ponto de partida para quem quer conhecer mais sobre toda a região é o Guia Chapada Diamantina.

Foto: Nelson Yoneda

A visitação no Parque Nacional da Chapada Diamantina

Para quem quer visitar o Parque, as alternativas de chegada são várias. Diferentemente da maioria dos parques naturais brasileiros, que geralmente contam com 1 ou 2 entradas, o Parque Nacional da Chapada Diamantina tem nada menos do que 65 acessos, de acordo com a última contagem. O que, de acordo com Cezar, é um problema para a realização de um controle eficiente de quem entra e de quem sai.

Este é apenas um dos motivos para sempre procurar um condutor capacitado ao visitar o Parque.

“Indicamos sempre procurar pessoas capacitadas, como guias e condutores, para a visita. E se alguém falar para você que tem uma trilha exclusiva, que ninguém vai, evite. Quase 100% das vezes trata-se de uma trilha clandestina ou criminosa. Com uma boa pesquisa no mapa turístico e no plano de manejo, você consegue encontrar algo que procura”, lembra Cezar.  

Para além das belezas naturais, o Parque também tem bem desenvolvido um importante trabalho socioambiental. São 8 comunidades dentro da área da Unidade de Conservação, inclusive quilombos, com cerca de 500 moradores no total. É possível, inclusive, pernoitar dentro do Parque da Chapada Diamantina, em um turismo de base comunitária que já é referência

A maior parte dos visitantes do parque buscam trilhas – afinal, praticamente todos os atrativos de dentro da unidade necessitam de pelo menos 30 minutos de caminhada. Por este motivo, o principal público é formado por quem gosta de caminhadas de longo curso e de trekking.

Conheça a seguir alguns dos principais pontos de visita do Parque Nacional da Chapada Diamantina:

Vale do Pati

É considerado um dos trekkings mais bonito do Brasil – e, provavelmente, o principal ponto para quem quer fazer as trilhas pelo Parque, sempre com pernoite nas comunidades locais. São possíveis roteiros de 3 a 10 dias, variando de acordo com o tempo disponível e o preparo físico. Trilhas belíssimas, visuais estonteantes e a carinhosa acolhida dos moradores locais. É uma oportunidade única de pernoitar no Parque Nacional mais conhecido do Brasil. 

Cachoeira da Fumaça | Foto: Jack5599

Cachoeira da Fumaça

Impactante com seus 340m de queda d’água, a Cachoeira da Fumaça é um dos cenários mais simbólicos do Parque Nacional da Chapada Diamantina. É possível chegar a ela por duas trilhas: uma por cima e outra por baixo, com subidas e descidas que exigem fôlego e preparo físico.

Trilha do Rio Preto

Uma trilha de aproximadamente 1h30, no entorno da comunidade do Capão. Recentemente ela recebeu melhorias pela equipe do ICMBio, o que a deixou com padrão internacional de trilha. É uma experiência incrível, com chegada à Cachoeira do Rio Preto.

Poço do Gavião

É uma piscina natural impactante. Com cerca de 100m de extensão e bastante profunda, é claro que a chegada também é por trilha: cerca de 2h30 de caminhada até chegar a ela. Mas vale cada minuto, com um poço enorme para nadar, relaxar e observar a natureza. O ponto de partida é no Vale do Capão. 

Cachoeira do Mixila

Mixila é o nome dado pelos moradores locais  ao tamanduá-mirim. A visita a essa cachoeira deve ser feita a partir do município de Lençóis – e é recomendado pelo menos um pernoite no local. Afinal, a caminhada até ela tem 33km. No caminho, duas paradas: na Cachoeira do Capivari e no Poção.

Pantanal do Marimbus

Chegou a hora do Pantanal baiano. De acordo com o Wikipédia, “marimbus é uma área alagadiça situada na região central da Chapada Diamantina”. O passeio por lá pode ser feito também conforme o Pantanal mais famoso: de barco, além da caminhada. É um visual totalmente diferente do restante da Chapada, não por acaso é chamado de mini pantanal. No entorno existe uma comunidade quilombola chamada Remanso.  

ESFERA ADMINISTRATIVA

Federal

DATA DE CRIAÇÃO:

17 de setembro de 1985

ESTADO:

Bahia

MUNICÍPIOS:

Andaraí, Ibicoara, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras.

BIOMA:

Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica

ÁREA TOTAL:

152.000 hectares

INFORMAÇÕES SOBRE A VISITAÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES:

O Parque Nacional da Chapada Diamantina não conta com infraestrutura com sanitários e apoio à visitação. Mesmo não havendo portarias para a recepção, nem a cobrança de ingresso, é altamente recomendada a visita com guias e condutores capacitados.

Indicamos dois sites para que você tenha mais informações antes da sua viagem:

Blog do Parque Nacional da Chapada Diamantina

Guia Chapada Diamantina  

 

 

Incrível. Maravilhoso. Indescritível. É quase sempre assim: se você já visitou, ou conhece alguém que foi ao Parque Nacional da Chapada Diamantina, sabe que estes são alguns dos adjetivos mais comuns quando histórias a respeito da visita são contadas.

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