As tendências para o pós-pandemia apontam que os parques assumirão um papel ainda mais relevante na vida das pessoas. A expectativa é que essas áreas atuem como uma forma de descompressão emocional, visto que grande parte da população passou por um longo período em isolamento social, sem acesso inclusive às áreas verdes. Assim, a busca por viagens para destinos naturais, ou até mesmo a procura por áreas verdes urbanas para relaxar e fazer exercícios físicos tende a aumentar.

Nesse contexto, uma peça-chave da administração das unidades de conservação ganha ainda mais importância: o planejamento de visitação e uso público desses espaços. O SemeiaLive trouxe este assunto em pauta e recebeu para o debate a chefe de divisão de Ordenamento e Autorização para Visitação do ICMBio, Carla Guaitanele, a coordenadora de planejamento e estruturação da visitação e do Ecoturismo do ICMBio, Roberta Barbosa, além do sócio-fundador da Natureza Urbana, Pedro Lira, e o diretor-executivo e sócio-fundador da ABETA, Luiz Del Vigna.

Dentre as reflexões do debate, a questão relacionada aos atributos e vocações dos parques foram levantadas como essenciais para se pensar esse planejamento. De acordo com a especialista do ICMBio Roberta Barbosa, esse quesito é fundamental para planejar as atividades de visitação e uso público em unidades de conservação, atraindo mais visitantes e criando experiências positivas.

“Por exemplo, o Parque Nacional do Viruá tem uma das maiores diversidades de espécies de aves do mundo, então tem vocação para desenvolver atividades de observação de aves. Outros como Abrolhos e Noronha, por exemplo, que contêm uma grande diversidade marinha, tem uma vocação para atividades como o mergulho”.

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