Pantanal Matogrossense é tema do novo episódio do “Te conto de um parque”
Os desafios de conservação e as histórias dos ciclos que moldam a região são abordados no terceiro episódio do “Te conto de um parque”
14/01/2022
Foto: Parque Nacional do Pantanal Matogrossense / Filipefrazao CC BY SA 3.0.
“No auge de uma cheia típica, o limite dos rios ficam ocultos vários metros abaixo da superfície. Vista de cima, a paisagem lembra um grande mar interior de águas abrigadas”. Esse trecho da obra de Luciano Candisani ilustra alguns aspectos da maior planície inundável do planeta: o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, destino do terceiro episódio do podcast “Te conto de um parque”.
Dessa vez, a jornalista Paulina Chamorro apresenta a história da formação do bioma, os desafios de conservação da unidade e as curiosidades dos ciclos dessa região, que transitam entre os períodos de cheia e seca que moldam as paisagens do parque, criado em setembro de 1981.
Entre os meses de novembro e março, época das cheias, os vales alagados são amplos e chegam a confundir o olhar ao se parecerem com o mar. Isso, inclusive, ocorreu com os primeiros viajantes que passaram pela região. Eles pensaram ter encontrado um mar no interior da América do Sul, quando, na verdade, tinham achado uma planície alagada, resultante do encontro de dois grandes rios – o Cuiabá e o Paraguai – que permitem esse extraordinário ecossistema.
Já no ciclo da seca, que ocorre de maio a setembro, a paisagem se transforma e os animais retornam à superfície, ocupando os espaços de maneira diferente. O Pantanal é reduto de diversas espécies ameaçadas de extinção, como a ariranha e a onça-pintada, além de uma extensa lista de animais, como jacarés, tuiuiús, capivaras e jaguatiricas, para citar alguns.
Fato é que os períodos de seca têm registrado recordes na região, impactando diretamente a fauna e a flora do Pantanal. O aumento da ocorrência de incêndios naturais e criminosos, sendo esses os mais recorrentes, têm deixado a comunidade ambiental global em alerta.
O ano de 2020, por exemplo, foi marcado pelo maior número de focos de incêndio já registrados no Pantanal desde o fim da década de 1990, como aponta o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora a região. Quase 28% do bioma foi atingido pelo fogo. Outro fator preocupante que ameaça esse ecossistema é a ocorrência de atividades irregulares de garimpo e mineração nas margens dos rios.
Quer saber mais sobre a relevância dessa unidade de conservação brasileira? Clique aqui e ouça agora o episódio do “Te conto de um parque” sobre o Pantanal Matogrossense.
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