6 parques nacionais para conhecer de bicicleta

Para quem busca pedalar e uma conexão maior com a natureza, as unidades de conservação brasileiras possuem trilhas em que a bicicleta é extremamente bem-vinda.

05/02/2025

Reprodução/Governo do Piauí

Nos últimos anos o Brasil tem visto um crescimento exponencial no número de bicicletas. Seja nas ruas ou em ambientes naturais, a atividade física sobre duas rodas tem se tornado uma constante. Entre 2018 e 2023, por exemplo, foram mais de 26 milhões de unidades vendidas. Independentemente do uso, as pessoas que têm bicicleta possuem algo em comum: a procura por onde pedalar.

Para quem busca uma conexão maior com ambientes naturais, uma boa notícia. A grande maioria das unidades de conservação brasileiras, em todas as regiões, possuem trilhas e estradas em que a bicicleta é extremamente bem-vinda.

Estes dados vêm de um relatório ainda inédito, realizado por uma parceria entre o ICMBio e a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), que deve ser lançado em fevereiro de 2025 com informações a respeito do uso da bicicleta em unidades de conservação federais. 

De acordo com Daniel Guth, consultor técnico da Aliança Bike, as perspectivas são excelentes para a relação entre as bikes e os parques.

“São três pontos principais. Primeiro, a realidade do uso da bicicleta em parques naturais, que já é bastante relevante. Em seguida vem o imenso potencial de crescimento, com boas políticas de uso público. E tem a opinião positiva de gestores de todo o Brasil de que ter onde pedalar na natureza traz muitos benefícios, já que 97% dos entrevistados são favoráveis à prática”, explica Guth. 

“Uma boa política de uso público traz benefícios na qualidade da visitação, na percepção positiva da sociedade do entorno e também na conservação ambiental”, finaliza.

A seguir, fizemos uma lista com alguns dos parques nacionais onde pedalar é uma das atividades principais.

Foto: Artur Warchavchik

Parque Nacional de Sete Cidades – Piauí

Com grande parte do terreno em locais planos ou aqueles famosos “quase” planos, com altimetria relativamente baixa, é possível dizer que o Parque Nacional de Sete Cidades tem a vocação para roteiros de bicicleta. Mesmo que não é superexperiente no pedal pode se sentir confortável para conhecer esta pérola piauiense.

Localizado nas cidades de Piracuruca e Brasileira, no nordeste do estado, está em uma região de transição entre cerrado e caatinga. Ou seja: com flora e fauna bem particulares.

Além de possuir diversas trilhas, o Sete Cidades conta com bicicletário para visitantes. Mas tem outro ponto que o destaca no aspecto ciclístico: além dos trajetos existentes dentro da sua própria área, ele é parte da rota Caminhos de Ibiapaba, que o conecta ao Parque Nacional de Ubajara (CE).

E é daqui que vamos para o nosso segundo parque.

Foto: Acervo ICMBio

Parque Nacional de Ubajara – Ceará

Parte da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, a Caminhos de Ibiapaba conta com 130km e conecta estas duas unidades de conservação, localizadas em dois estados diferentes do Nordeste.

O Parque Nacional de Ubajara já é um dos parques reconhecidos nacionalmente como ideal para a prática do mountain bike – atividade de ciclismo com terrenos acidentados em meio à natureza.

Além de ter um atrativo chamado Trilha Bike, a unidade conta com outros caminhos onde pedalar é umas das melhores formas de conhecer toda a exuberância do local: cânions, mirantes, grutas e cachoeiras. O parque conta também com um teleférico, ideal para apreciar as belezas da região.  

Foto: Lidia Oliveira

Parque Nacional Restinga de Jurubatiba – Rio de Janeiro

Com cerca de 130km de áreas pedaláveis, esta verdadeira joia do Norte fluminense é considerada a faixa de restinga (um ecossistema que ocorre ao longo de regiões litorâneas, especificamente na Mata Atlântica) mais bem preservada do Brasil.

São 44km de costa, com nada menos do que 18 lagoas costeiras – um dos principais atrativos deste Parque Nacional localizado à beira-mar. A trilha de bicicleta mais popular é o trecho praia de Carapebus – Lagoa Azul, que passa por diversos visuais únicos do litoral brasileiro.

O Parque fica nos municípios de Carapebus, Quissamã e Macaé e um dos grandes destaques em relação à fauna é a presença de aves migratórias. Com águas que variam em tons de azul e verde, mais salobras e menos salobras, é uma excelente opção para quem procura onde pedalar na natureza.

Foto: Robson de Oliveira

Parque Nacional da Serra do Gandarela – Minas Gerais

Um dos parques nacionais mais jovens do Brasil, o Serra do Gandarela foi criado em 2014. E está presente no imaginário de ciclistas de montanha de Minas Gerais e de todo o país. Não é por acaso: são aproximadamente 400km de trilhas para bicicleta.

A cerca de 40km de Belo Horizonte, ele faz parte da região que vem sendo chamada de Cordilheira do Espinhaço – maior cadeia de montanhas do país e patrimônio natural reconhecido pela Unesco.

Com tantas montanhas no entorno, o Parque rapidamente se tornou um queridinho para ciclistas, que aproveitam o pedal para conhecer serras exuberantes, cachoeiras e visuais incríveis. 

Foto: Carlos Marques

Parque Nacional do Viruá – Roraima

Reconhecido mundialmente como Sítio Ramsar, pela importância das águas do seu entorno, o Parque Nacional do Viruá é também uma excelente opção para conhecer o Brasil de bicicleta. Melhor ainda: para conhecer a Amazônia em cima de uma bike.

Com diversas trilhas pedaláveis, inclusive com sinalização, a unidade também é referência quando o tema é biodiversidade. São mais de 1.200 espécies de vertebrados, com mais de 500 tipos de aves e outros 500 tipos de peixes.

Em relação ao uso da bicicleta, leia o que o casal Dennis e Letícia, do Entre Parques, disse a respeito: “pena que não tínhamos bicicleta, teria sido muito legal percorrer a Estrada Perdida (um dos principais atrativos do parque) diversas vezes de bicicleta. Se for ao parque, leve sua bicicleta”.

Foto: Cristian Janke

Parque Nacional da Serra do Itajaí – Santa Catarina

O Circuito de Cicloturismo do Vale Europeu, em Santa Catarina, é considerado um dos principais polos para o turismo em bicicletas de toda a América Latina. Logo, o Parque Nacional da Serra do Itajaí, localizado no coração do Vale, não poderia ficar de fora.

Com uma área dividida entre 8 municípios (o maior deles sendo Blumenau), a unidade conta, inclusive, com um roteiro específico: o Circuito do Parque da Serra do Itajaí. Com 267km passando pelas cidades que margeiam o parque, ele é indicado para ciclistas mais experientes. Afinal, são mais de 5 mil metros de subidas e descidas.

Para quem tem menos experiência, e ainda assim está querendo pedalar para conhecer a região, o Parque oferece trilhas alternativas. Dentro da área da unidade de conservação são mais de 150km para pedalar.

Bônus: Floresta Nacional de Brasília – Distrito Federal

Mesmo não sendo um parque nacional, a Floresta Nacional de Brasília tinha que fazer parte desta lista. Afinal, a unidade conta com a maior trilha de mountain bike sinalizada dentro de uma unidade de conservação brasileira, com 48km.

Com uma beleza natural marcante em plena capital federal, a Flona conta com outros circuitos, para diversos gostos e preparações: de 5, 14m 21, 27 e 32km, todos específicos para serem percorridos por bicicleta.

Se você está procurando onde pedalar, esperamos que esse texto tenha dado ideias para conhecer o Brasil em cima de uma bicicleta.

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